sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

À mocidade Cristo Rei...

Fernando Rodrigues Batista


Há mais de um século Louis Veuillot ainda em meio a virulência revolucionária, de forma lapidar prognosticou o estado de espírito de seu tempo que tristemente perdura na hora presente: "As almas se encontram enfermas de uma terrível enfermidade: a fatiga e o horror a verdade. Nas almas que todavia são cristãs, esta enfermidade se manifesta por uma ausência de horror a heresia, por uma complacência no erro".
Ao que acrescia: "Atravessamos uma orgia de estupidez.
Saiamos dela, voltemos ao imutável, implacavelmente negado e insultado".
Vós sabeis, mocidade católica, tradicionalista, e por isso mesmo, monárquica, que hoje com seu entusiasmo e inquebrantável confiança na Providência Divina, cerram fileiras junto à Associação Cristo Rei o quanto nos é caro ir contra a corrente e contra a fugacidade dos imediatismos que alimenta o corpo e mata a alma.
Tendes prova disso, porquanto, nestes dias de carnaval, vistes com vossos próprios olhos quando de nossa viagem às cidades históricas de Minas Gerais, onde aquele povo pacato e
temente a Deus os fitavam com curiosidade, porém, em tom de respeito, ao verem moços de tão tenra idade, com passos imponentes, olhares compenetrados, em oração, apreciando as belas Igrejas do Brasil verdadeiro, em plena época onde os insultos contra Deus se avultam.
Quão proveitoso foram estes dias, quantas salutares conversas e debates, quanto crescimento moral e intelectual.
O resultado de tudo isso, vós tendes conhecimento, novas filiações de moços de outras partes do torrão nacional que mesmo distantes se encontram tão próximos pela unidade de pensamento que caracteriza nosso gru
po, por outra, sabeis também da alegria com que receberam a notícia de nossa existência figuras proeminentes do tradicionalismo católico como os juristas Ricardo Dip, Clóvis Lema Garcia; Claudio de Cicco e Genésio Pereira Filho, bem como um monarquista da cepa de um Gumercindo Rocha Dórea e o próprio Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança.
E tudo isto meus preclaros amigo, melhor dizendo, irmãos, se deu precisamente porque hão sabido tomar a sério o Evangelho e realizá-lo em si mesmos pelo perfeito desprendimento do amor a si mesmos e pelo perfeito amor de Deus.
Não vou me estender, pois não tencionei senão homenageá-los com algumas mau traçadas linhas, porquanto, não cessarei de prostrar-me diante da Cruz, o que também vo-los peço mui humildemente, e rogar à Cristo a graça santificante sem a qual qualque
r procedimento nosso certamente será improfícuo.
Viva Cristo Rei.














Fernando Rodrigues Batista

Quem sou eu

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Católico tradicionalista. Amo a Deus, Uno e Trino, que cria as coisas nomeando-as, ao Deus Verdadeiro de Deus verdadeiro, como definiu Nicéia. Amo o paradígma do amor cristão, expressado na união dos esposos, na fidelidade dos amigos, no cuidado dos filhos, na lealdade aos irmãos de ideais, no esplendor dos arquétipos, e na promessa dos discípulos. Amo a Pátria, bem que não se elege, senão que se herda e se impõe.

"O PODER QUE NÃO É CRISTÃO, É O MAL, É O DEMONIO, É A TEOCRACIA AO CONTRÁRIO" Louis Veuillot