O saudoso e ilustre filósofo Professor D. Rafael Gambra Ciudad, que infelizmente já não está entre nós, pinta-nos um quadro pitoresco, porém dentro da lógica revolucionária do igualistarismo torpe. Aborda dentro do ponto vista estritamente constitucional acerca do que poderia ser a futura Rainha de Espanha.
Rafael Gambra Ciudad
“Aqui tratamos o tema da futura Rainha de Espanha só em hipótese ou possibilidade – futuríveis, como dizem os filósofos -, mas sempre dentro do marco constitucional vigente. Isto assente, pensamos que a futura Rainha de Espanha pode ser um negro homossexual, companheiro sentimental ou parceiro de fato do Rei, de religião muçulmana ou sem religião. Porque não? Pensa-se espontaneamente que deve ser uma mulher.
Mas isto seria com mentalidade preconstitucional e antidemocrática. A Constituição baseia-se na igualdade e na não discriminação. Se as mulheres podem ser militares ou guardas civis, porquê um homem não poderá ser rainha ou consorte ou parceiro do rei? Esta discriminação sexual está politicamente abolida. E porque há-de ser heterossexual? Isso dependerá da livre orientação sexual do monarca. Outra discriminação do passado. E porquê de raça branca? Discriminar raças é a mais odiosa discriminação para uma mente democrática. Racismo puro. E porquê católica? Esta discriminação seria hoje odiosa até para o Vaticano progressista. Assim, pois, uma Rainha varão, negro, homossexual e muçulmano seria uma opção politicamente correta. E objetar algo, fascismo puro.”
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